Prefeitura reforça programa de Tratamento Fora do DomicÃlio
Os pacientes de Itabuna que precisem de tratamento médico, procedimentos e cirurgias que não são oferecidas no município podem contar com os benefícios do programa de Tratamento Fora do Domicilio (TFD), que recebeu reforço. Uma parceria entre Município e o Estado garante o fornecimento de passagens para pacientes e, quando necessário, acompanhantes, para atendimento médico especializado, inclusive de alta complexidade em outras cidades.
Atualmente cerca de 150 pacientes recebem o benefício do TFD em Itabuna por mês. São crianças, adultos e idosos que precisam comumente ir a Salvador e Feira de Santana, para onde também há uma demanda, embora menor. Para a concessão das passagens é necessário que haja uma determinação médica para um dos procedimentos ou atendimento que não seja oferecido pelo Município.
O programa TFD foi estabelecido pela Portaria SAS/Ministério de Saúde nº 055, de 24/02/1999. Cada município recebe o incentivo do Estado de acordo com sua demanda populacional e entra com sua contraparte para as viagens intermunicipais. As interestaduais são encaminhadas para a Secretaria de Saúde do Estado - SESAB.
O secretário municipal de Saúde, Renan Araújo, esclarece que o TFD é um procedimento previsto no SUS, feito de maneira hierarquizada. O secretário explica que Itabuna dispõe de quase todos os procedimentos, mas apesar de ser uma cidade pólo da região ainda não fornece alguns serviços. “Quando não há o serviço nós lançamos mão do TFD e garantimos as condições de deslocamento e manutenção do paciente para que possa realizar seu tratamento fora do domicilio”.
A diretora de Controle, Avaliação e Regulação do SUS, Rosângela Bezerra, diz que ainda existem dificuldades de agendamento para atendimentos em Salvador, pois na capital o atendimento é feito para 417 municípios e por isso muitas vezes o paciente precisa aguardar. A responsável pelo TFD, em Itabuna, Nayanne Lima, lembra que é preciso preencher os formulários, apresentar documentos e exames comprobatórios, além de estar com o atendimento agendado na cidade indicada, depois aguardar os trâmites do processo para realizar a viagem.
O cidadão Reinaldo Santos, 40 anos, perdeu o movimento das pernas em 1994. Ele conta que até 2006 sua família fazia muito sacrifício para manter as viagens para o tratamento. Foi quando conheceu o TFD e passou a contar com o transporte para fazer exames, fisioterapia e até cirurgia na capital. “De seis em seis meses eu tenho que viajar. Acredito que se não fosse o TFD talvez eu já tivesse parado com o tratamento” afirmou.